Sobre a Solidão
Hoje me sinto tão só, como se houvesse em mim uma barreira que me isolasse do mundo. Eu sou o pior tipo de solitário: o que precisa não estar só, mas tem dentro de si um vazio que nunca se preenche, e de vez em quando segue se enganando. Hoje estive tão só, que achei, por um momento, que fosse eu a solidão de quem muitos falavam...mas desisti da idéia porque nunca fui o centro das atenções. Por ser só, sempre vivi nos cantos. Quina da sala de aula, meu próprio quarto, chão da rua; qualquer lugar que não me notassem. Eu sei que crio o meu estado. Ele é meu canteiro linear da tristeza, forma de esconder a presença que nunca quis mostrar. Solidão. Monotonia dos passos e transeuntes falando alto, parecem tão felizes rodeados de gente. Que há de errado comigo? Já tomei remédio, fiz terapia, conduzi meu pensamento às coisas alegres e fugidias...não sou eu. Sou só. Na busca eterna do que é meu e há de ser desvendado. Descoberto.
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